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UiPath apresenta conceito amplo de automação em Webinar realizado em parceria com o IBEF-SP

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A hyperautomation, conceito amplificado de automação de processos e sistemas, foi tema de Webinar realizado pela UiPath em parceria com o IBEF-SP no dia 29 de abril. Com o tema “Transformando Finanças Através da hyperautomation”, o evento teve como objetivo apresentar os benefícios do uso de ferramentas, como Robotic Process Automation (RPA), e como elas têm transformado as áreas de finanças das empresas. A UiPath é uma empresa fundada em 2005, na Romênia, e que cresceu muito rápido por conta da demanda por esse tipo de tecnologia e da busca por eficiência operacional e redução de custos e riscos nas empresas. No Brasil, sua operação iniciou em dezembro de 2018, na época com 400 funcionários globalmente, e hoje já ultrapassa 2,9 mil funcionários.

Paulo Castro, diretor de pré-vendas e customer success na UiPath para América Latina, destacou durante a apresentação que automação está sempre em pauta nas discussões das empresas, mas a hyperautomation busca combinar tecnologias que potencializam os benefícios e expande o horizonte do que entendemos como automação. “Mais atualmente estamos falando em RPA, porém não é um tema novo. Na automação industrial, como analogia, há a utilização de máquinas para realizar atividades que seriam humanas e melhorar produtividade. Em processos, temos softwares que auxiliam nesse sentido. A ideia da hyperautomation é não só utilizar a automação de maneira tradicional, que começou no uso de tecnologias de integração de sistemas e ferramentas de gestão de processos, mas também empregar tecnologias que consigam proporcionar que o software interaja da mesma forma que uma pessoa com os sistemas”, destacou Castro. Ele disse ainda que, para conseguir atingir um nível de automação que faça diferença, há tecnologias que fazem com que o retorno do RPA seja potencializado.

Segundo uma pesquisa do Gartner, entre as principais tendências de tecnologia para 2020/2021 está a hyperautomation, e no centro dessa tendência está o RPA, com tecnologias aplicadas e utilizadas junto a outras complementares, como a inteligência artificial, para que o robô interaja com as ferramentas. “Normalmente, as empresas começam sua jornada de automação de processos com ferramentas mais simples, mas hoje vemos a possibilidade do robô interagir com as pessoas e executar o processo de maneira mais assertiva”, continuou Castro em sua explicação. Ele citou ainda como funciona o process mining, a análise e a melhoria de processos, também com uso inteligência artificial.

Implantação – No processo de implantação de hyperautomation na empresa, a UiPath orienta para uma visão completa desse conceito, oferecendo todas as ferramentas, desde o descobrimento sobre o que deve ser automatizado na empresa, passando pela obtenção de ferramentas que consigam construir as automações orientadas ao tipo de profissional que as construirá e, depois, como fazer o gerenciamento e manutenção da escala. “Também gerenciamos a segurança e provemos ferramental para informações sobre como a força digital vem trabalhando e como melhorar a performance do robô. Na fase de execução, os robôs trabalham com suas aplicações e o pessoal para executar automação. Por fim, as pessoas e os robôs trabalham juntos”, explicou Castro. É feita ainda uma análise integrada sobre como o robô está ajudando nos processos da empresa.

Paulo Castro destacou também que, quando as pessoas começam a jornada de automação, a primeira pergunta a ser feita é como saber quais os processos que devem ser automatizados primeiro. “A gente identifica o melhor processo para iniciar através de algumas perguntas básicas como: o processo é manual e repetitivo? É baseado em regras? Já tem entrada em formato eletrônico? As entradas são padronizadas, tem baixa taxa de exceção?”. Ele ressaltou ainda que entre os clientes de UiPath, a área de finanças e contábil são as prioritárias para início do processo de automação. “Temos processos de conciliação contábil e fiscal, processamento de relatório de despesas, auditoria, folha de pagamento, etc. Ter um robô que reúna essas informações e dê mais tempo para uma analista financeiro trabalhar, por exemplo, gera um ganho à empresa”, complementou.

Cases – Edgar Garcia, executivo de vendas enterprise senior na UiPath para Brasil e América do Sul, contou um pouco sobre a cases de clientes que implantaram a hyperautomation em seus processos. “Temos clientes grandes da área financeira, entre eles o Sumitomo Mitsui Banking Corporation (SMBC). Eles planejam obter US$ 1 milhão em redução de custos até 2022 e 650 mil horas recuperadas entre 200 operações após a implantação do processo de hyperautomation”, disse Garcia. O SMBC iniciou a implementação em áreas relacionadas a finanças, com redução de risco operacional e compliance, planejamento e vendas.

Outro cliente apresentado é a Ericsson, que começou o programa de automação ampliada com a meta de ter um robô para cada funcionário, e até 2022 eles querem que todos os funcionários tenham seu assistente virtual. “São 96 mil funcionários, e isso automatizaria todas as tarefas repetitivas. Precisamos encontrar oportunidades e engajar os funcionários”, destacou Garcia. Os processos automatizados da empresa são na área financeira, contábil e fiscal.

Já a PwC tem a maior implementação de robôs do mundo. Segundo Garcia, o programa inclui milhares de robôs gerando receita e transformando completamente a estratégia de serviços da empresa. “São mais de 30 mil robôs. Eles criaram ainda um projeto interno híbrido, com processos de backoffice centralizados e que atendem a toda a corporação. Eles transformaram a maneira de entregar serviços através da robotização”, explicou Garcia, enfatizando que o RPA pode começar dentro de um centro de excelência, automatizando tarefas específicas globais, e expandir para um robô para cada pessoa.

Sicredi – O Sistema de Crédito Cooperativo – Sicredi adotou o RPA em 2018, e no ano passado começou a colher frutos dessa implementação dentro da área financeira. Agora, eles estão entregando resultados para toda a empresa e criando um programa de robótica dentro da corporação. Mais de 70% da conciliação fiscal foi automatizada através da robotização, e o próximo passo será automatizar o cadastro de fornecedores. Yuri Ribeiro, arquiteto de negócios responsável pela RPA no Sicredi, explicou que a cooperativa de crédito possui projetos de redução financeira, mas o cooperativismo é a sua essência.

Ele explicou como funciona a estrutura organizacional da empresa. “Por sermos uma cooperativa de crédito, tudo acontece através de voto das associadas. Também temos coordenadores de núcleos que levam os temas dos associados para dentro das cooperativas. É muito importante entender que as cooperativas tenham independência”, disse Ribeiro. “Tudo começa no associado, há uma independência entre as cooperativas e as centrais, regimento do estatuto, etc.”, complementou.

Jornada de RPA – “Era muito importante entender a necessidade de RPA dentro do Sicredi e, a partir disso, desenhar a estratégia”, continuou Yuri Ribeiro. “Entendendo a necessidade comum para cooperativas e centrais, conseguimos desenhar a estratégia, com duas governanças: uma mais centralizada, para o centro administrativo, e uma federada, para cooperativas e centrais”. Para as necessidades do centro administrativo, Ribeiro explicou que há um time de desenvolvedores específicos, e algumas pessoas participam das áreas de processo. Há também alinhamento com as cooperativas e réplica das boas práticas. “Através da central room, é possível ter um controle centralizado do que está ocorrendo em toda a automação”, disse.

Governança e modelo de solução – Yuri Ribeiro mostrou ainda como funciona a arquitetura de negócios e de soluções da automação, desde o cenário em que as cooperativas já executam as necessidades, até o compartilhamento de robôs entre a central e as cooperativas. “Dentro do centro administrativo, tivemos mais de 4 mil horas de trabalho reduzidas em 11 meses. A projeção é acumular mais 350 horas no mês de abril. No primeiro e segundo mês de implantação do projeto, tivemos apenas 6 horas de redução de trabalho. Começamos mais devagar, erramos nos primeiros processos, pois pegamos procedimentos de média e alta complexidade, mas entendemos que é melhor começar pequeno e entender como vai funcionar”, alertou. Hoje, são mais de 343 processos automatizados em execução nas cooperativas do Sicredi. “Há necessidade de uma governança bem pensada, e a estratégia precisa de flexibilização”, complementou Yuri Ribeiro.

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