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O que a tecnologia pode entregar para a área de finanças?

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Por Alexandre Benedetti, partner & general manager da Talenses [People That Matter] em São Paulo

O avanço da tecnologia vem provocando inúmeras mudanças nos processos e nas negociações dentro das empresas. A revolução tecnológica vivenciada nas últimas décadas se intensifica cada vez mais por meio de avanços na Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Robotização. Assim como todas as áreas, a de finanças precisa estar alinhada à tecnologia e buscar a melhor forma de utilizá-la a seu favor.

Existem dois momentos para o uso da tecnologia dentro das empresas: tecnologia como meio e como fim. Como meio, podemos entender como todos os mecanismos que levam a um resultado melhor, mais ágil ou em maior escala; e como fim, abordamos a tecnologia disruptiva que substitui ou modifica a forma de trabalho e muda um conceito. Portanto, entender a expectativa do uso da tecnologia dentro da corporação direcionará os processos e levará às ferramentas mais adequadas para cada objetivo.

O que ocorre é que em um primeiro momento, o uso da tecnologia tem sempre um papel facilitador, de processar a informação, organizar dados e promover maior agilidade e, somente com o amadurecimento desta primeira etapa é que as empresas e suas áreas de finanças conseguem enxergar além e traçar estratégias para que a tecnologia as leve a outro patamar, rompendo com antigas estruturas.

Em finanças, as inovações tecnológicas vêm criando oportunidades de melhorar a percepção, reduzir riscos e aumentar a eficiência das áreas. Como tendência de ferramentas tecnológicas para este ano, percebemos a adoção de inovações como Blockchain e Inteligência Artificial que melhoram a eficiência operacional e reduzem custos, além de uma corrida para garantir investimento em processos que possibilitem pagamentos instantâneos e transações em tempo real. Necessidades que começam a surgir para empresas que já possuem um background tecnológico.

A escala da tecnologia na área de finanças também vai influenciar na capacidade analítica e cognitiva do profissional deste segmento. Cabe ao CFO escolher quando monitorar ou investir nessas tecnologias para cuidar das funções financeiras enquanto gerencia os riscos. Os novos processos tecnológicos trazem um maior número de informações para os profissionais da área e fazem com que eles tenham que lidar com uma quantidade de dados e variáveis muito superior à que tinham anos atrás. À primeira vista, este fato parece muito promissor, mas quando analisamos mais a fundo, entendemos que este excesso de informação pode dificultar a tomada de decisões em vez de auxiliá-la e, por conta disso, a capacidade analítica do executivo de finanças será cada vez mais exigida.

Essa quantidade de informação representa um dos papéis estratégicos da tecnologia na rotina da área de finanças e proporciona mudanças no modo como as empresas fazem negócios, tornando-se um dos principais fatores de competitividade no mercado atual. Obter essas informações e conseguir extrair inteligência destes dados tem sido uma grande corrida contra o tempo. Antes as companhias adquiriam outras empresas em busca de um aumento de escala, e hoje entram em operações de M&A e Joint Venture para obter uma tecnologia ou inovação que necessitam para seu desenvolvimento.

O investimento em fundos de venture capital também tem sido a solução encontrada por empresas que almejam trazer inovações para o seu dia a dia, assim como adquirir participações em startups. Seja qual for o investimento da empresa em tecnologia, o CFO ou o principal executivo de finanças precisa não só estar atualizado com as tendências em ferramentas e novos processos, como também ajudar a direcionar o caminho tecnológico que a empresa pretende seguir e garantir que a estratégia possa ser cumprida. A realidade mostra cada vez mais tecnologia e finanças caminhando lado a lado.

As opiniões e conceitos emitidos no texto [acima] não refletem, necessariamente, o posicionamento do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF) a respeito do tema, sendo seu conteúdo de responsabilidade do autor.

 

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