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IBEF Conecta – Jovem: Quem perde a curiosidade para aprender será ultrapassado por pessoas curiosas, alerta Patrícia Leisnock

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Encerrando os eventos da iniciativa para o ano de 2021, o IBEF Conecta – Jovem promoveu um mentoring com Patrícia Leisnock, CFO do Hospital Israelita Albert Einstein, no dia 1º de dezembro. Patrícia compartilhou sua história de carreira e também apresentou aos jovens executivos sua visão sobre o profissional de finanças do futuro. O evento contou com patrocínio da PwC e teve como host Bruno Nespoli Damasceno, membro do IBEF Conecta.

Durante o warm-up, Adriano Correia, sócio da PwC Brasil, apresentou o programa “Digital upskilling”, realizado pela empresa há alguns anos, com o objetivo de  elevar o nível de capacitação dos profissionais não só em termos de tecnologia, mas também de comportamento e metodologia de trabalho. O programa apresenta três princípios: aprender, para capacitar as pessoas; trabalhar, para equipar as pessoas com as tecnologias mais avançadas; e compartilhar, buscando estimular a colaboração entre os colaboradores e o compartilhamento de ideias. Bem-sucedido, o programa tem recebido demanda para implementação em empresas clientes da companhia.

Gap de formação –No início do bate-papo, Patrícia Leisnock alertou que há existência de um grande gap na formação dos profissionais de finanças que acredita “estar muito ligado à necessidade de uma formação mais focada e intensiva. “Temos que tratar isso com seriedade, sem modismo, pois é um assunto extremamente relevante para o mundo financeiro”, afirmou. 

Primeiras lições – Leisnock recordou que iniciou sua carreira profissional no banco Bradesco muito cedo, aos 15 anos, motivada pelo desejo de obter independência financeira e frequentar melhores escolas. Após três anos optou por deixar a empresa, atuando em seguida como policial, funcionária do Banco do Brasil, até entrar em um curso de contabilidade, após apostar com um amigo sobre quem ficaria melhor colocado na classificação de ingresso. Apesar de não gostar muito da disciplina, a contabilidade lhe deu uma série de aprendizados e experiências abrangentes, percebendo que poderia trabalhar em muitas áreas.  

“Aprendi que poderia fazer muitas coisas. Não precisaria ser uma contadora ou auditora, podendo muito bem ser uma concursada, uma administradora, pois era um curso que dava muitas opções. Esse foi o primeiro aprendizado: poder abrir a cabeça nesse momento de formação para em seguida, com mais maturidade, escolher o que a gente quer, pois durante a vida você se reinventa muitas vezes”, destacou Leisnock. 

Soft skills – Após ingressar no Hospital Israelita Albert Einstein, hospital de caráter filantrópico, Patrícia disse ter aprendido habilidades que em uma organização com finalidade de lucro seriam mais difíceis de serem desenvolvidas. “Em finanças, o relacionamento e os soft skills são tão importantes quanto o conhecimento técnico. O setor filantrópico aborda não somente questões financeiras e necessita maior poder de convencimento. Na filantropia, desenvolvi habilidades linguísticas para traduzir a linguagem financeira para uma linguagem tradicional e para um público heterogêneo”. 

Valor das novas experiências – Ao receber um convite para trabalhar no Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch (M’Boi Mirim), que recebia verbas limitadas da prefeitura da cidade e tem sua gestão estabelecida por meio de parceria entre o Einstein, Patrícia disse que percebeu a importância da experiência de vida e de trabalho. “Quando fui para o M’Boi Mirim tive outro aprendizado, percebendo que é muito importante o ensino acadêmico, as formações, participações em fóruns como o do IBEF-SP, mas a experiência do trabalho, quando você é jogado na piscina fria e precisa aprender a nadar, ela é sem preço”. 

Aprendizado contínuo e humildade – Após a passagem pelo M’Boi Mirim, Patrícia retornou ao Albert Einstein como ‘controller” e teve que fazer cursos e atualizações, aprendendo muitas coisas do zero. “Em finanças, nunca vamos parar de aprender. No momento em que perdermos a curiosidade ou a humildade para falar ‘eu não sei, vou ter que aprender do zero’, estaremos fadados a sermos ultrapassados por pessoas curiosas. Esse foi um grande aprendizado”. 

Driver de criação de valor – Em 2016, com a promoção a CFO do Albert Einstein, Leisnock disse que sentiu a necessidade de se atualizar em um mundo que muda muito rapidamente, assim como o mercado financeiro. Salientou que essa é uma área que requer muita energia e esforço, mas que, por outro lado, devolve muita satisfação. “Todo bom gestor tem uma contribuição para esse país que é muito relevante e acredito que finanças é um driver de criação de valor incrível e que os setores que ainda não estão usando o talento dos profissionais de finanças. Estão perdendo muito tempo, porque é um acelerador que não tem volta”, disse Patrícia. 

O financeiro do futuro – Sobre o papel do profissional de finanças no futuro, Patrícia Leisnock afirmou que ele terá pela frente muitos desafios, pois é demandado a fazer mudanças constantes. “Todo mundo que trabalha em finanças sabe o quão importante é o seu papel e que o seu desempenho é crítico para o resultado do negócio. O profissional do futuro precisa assumir um papel estratégico para o negócio. É uma pessoa que pensa grande e quer entender tudo, com humildade para aceitar a diversidade de pensamento e as sugestões dos mais jovens”, concluiu. 

O vídeo da live, com todos os assuntos abordados, ficará disponível para acesso dos associados no canal do IBEF-SP no YouTube.    

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