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Entrevista: IBEF-SP cria o Radar dos Financeiros

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Desde março à frente do IBEF São Paulo, a gestão liderada por Luciana Medeiros, uma das mais diversas já registradas, tem a missão de dar mais vozes e luzes ao Instituto, fortalecendo as conexões entre a comunidade de finanças com o mercado.

Para isso, uma das grandes apostas é a criação do Radar IBEF-SP, que elenca os grandes temas na jornada dos financeiros, com o intuito de ser referência para o mercado. “Nosso desejo é que, quando alguém pensar em alguma circunstância englobando finanças, imediatamente tenha em mente: o que o IBEF diria sobre isso?”, ressalta Luciana.

Leia a seguir a entrevista com a nova Presidente da Diretoria Executiva do IBEF-SP:

Para você, o que representa ser a primeira mulher presidente na história do IBEF São Paulo? Como foi a passagem de bastão para a nova gestão?

Luciana Medeiros – Participo da Diretoria do IBEF-SP há mais de 10 anos. Assim, essa transição da gestão do Serafim de Abreu (Presidente no mandato 2019-2021) para mim ocorreu de forma muito suave, pois eu já estava totalmente integrada ao contexto.

Ser a primeira mulher na presidência do IBEF-SP denota que não existem mais imposições de liderança, no que diz respeito a mulheres, homens, jovens, sêniores… A ideia que prevalece é a da construção de uma área de finanças que reúna de fato todos as habilidades necessárias, independentemente de gênero, raça, orientação sexual, ou qualquer aspecto relacionado a isso.

Como enxerga o atual momento do Instituto?

Vivenciamos uma conjuntura nova, muito dinâmica no IBEF-SP. Não só do ponto de vista da pandemia, em que precisamos nos adequar às demandas, sem os eventos presenciais, mas também nos adaptando ao cenário das finanças, em permanente movimento. É um período de forte transformação da tecnologia, de insights diferenciados, que se une a outros desafios, visões da área de finanças que antes não tínhamos.

Ou seja, temos dois grandes fatores: a pandemia, que nos faz refletir sobre como podemos falar aos nossos associados da melhor forma possível, apoiando-os nesse momento; e o papel dos profissionais de finanças, que vem se modificando nas organizações.

É nesse contexto que surge a proposta do Radar IBEF-SP?

Sim. Foi considerando esse panorama, abrangendo ferramentas tecnológicas, mudanças nas questões de força de trabalho, pressão de custos, novas informações, a questão dos dados e da área de finanças ser mais digital, que idealizamos o Radar IBEF-SP. Nosso desejo era responder a esse quadro desafiador, com algo que pudesse ser uma referência para o mercado. E que, quando alguém pensasse em alguma circunstância englobando finanças, imediatamente tivesse em mente: “O que o IBEF-SP diria sobre isso?”.

Quais temas estão no Radar IBEF-SP?

O Radar captura os tópicos mais pertinentes aos nossos associados e associadas e a todo o ecossistema de finanças. Com base nele definimos, por exemplo, temas dos eventos em conjunto com as Comissões Técnicas, cuja Vice-Presidência é liderada por Meily Franco, para a jornada dos financeiros que realizaremos no IBEF-SP.

Neste primeiro momento, já definimos os temas que estarão no Radar ao longo deste ano: tópicos como transformação digital em finanças, gestão de riscos, meios de pagamento, reforma tributária, M&A e IPOs, entre outros. É o que temos como prioridade para trazer aos nossos associados(as). Mas como o próprio nome indica, o Radar não é estático; novos tópicos podem surgir, porque ele estará sempre captando o que é relevante para nossa comunidade discutir e aprender.

Há mais novidades preparadas para os associados(as)?

Além do Radar, ainda no campo da tecnologia, estamos buscando atender às novas necessidades dos associados(as), desenvolvendo eventos que possam gerar mais interação, mesmo de forma online.

Teremos eventos durante o ano que oportunizarão isso aos associados(as), não somente via espaço de perguntas e respostas, mas, por exemplo, por meio de salas virtuais de reunião em que reuniremos grupos menores para discutir determinados temas. Os associados(as) estão sentindo muita falta do networking feito nos eventos presenciais, e essa é uma das iniciativas que vamos proporcionar para eles.

Por falar em networking, outra iniciativa criada nesta gestão é o IBEF Conecta. Poderia explicar qual o seu objetivo?

Há uma frase famosa de Vernā Myers, vice-presidente de estratégia de inclusão da Netflix, que afirma: “diversidade é convidar para o baile; inclusão é chamar para dançar”. É dessa maneira que vemos o IBEF Conecta: não basta ter apenas um núcleo que atenderá uma pauta específica, que contemple exclusivamente o tema das mulheres ou que envolva somente os jovens, pois há tópicos afins, assuntos que são de interesse comum a todo o ambiente do Instituto.

Então, a nossa compreensão sobre o “chamar para dançar” é que a diversidade está relacionada a gerar conexões entre as pessoas, entre os diferentes núcleos, de modo a congregá-los efetivamente no IBEF-SP. O Instituto abrirá no futuro espaço para outras formas de diversidade. O nosso grande objetivo é que os associados e associadas que participarem desses núcleos estejam interligados a todo o ambiente do IBEF-SP

O que se pode esperar da nova gestão em frentes como Advocacy e Educação?

Com relação ao Advocacy, demos mais ênfase à atuação da Vice-Presidência de Relações Institucionais e de Parcerias, hoje liderada por Camila Abel. Temos também novas vice-presidências: Inovação, Relacionamento, IBEF Conecta, uma específica para Certificação e outra voltada para Educação.

Como mencionei, a VP que tem por base o aspecto Institucional e de Parcerias está bastante focada no nosso Advocacy. O Radar do IBEF-SP também se alinha a esse propósito, em especial sobre como entendemos o nosso Advocacy, na perspectiva de como podemostrazer eficiência para o mundo empresarial em sua amplitude. É claro que isso está ligado às competências dos financeiros e, igualmente, a questões de mercado como a reforma tributária.

Criamos, ainda, uma vice-presidência de Educação, que tem à frente Ricardo Basaglia. Por meio dela, está sendo estruturada uma série de cursos que interessam a toda comunidade envolvida com o ecossistema de finanças. Inclusive, o primeiro treinamento do ano foi centrado na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, na perspectiva dos executivos. Os próximos, que já estão com inscrições abertas, abordam questões como liderança e soft skills e também o processo de abertura de capital – IPO. Contamos com a participação de todos!

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