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Conheça as operações financeiras que concorrem ao Prêmio Golden Tombstone 2019

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As melhores operações financeiras do ano nas categorias Equity, M&A e Debt serão decididas em breve. Representantes dos sete finalistas apresentaram os cases à Comissão Julgadora do Prêmio Golden Tombstone do IBEF-SP, na última quarta-feira (15), na Saint Paul Escola de Negócios, unidade Pamplona.

Ao todo, as 63 operações inscritas nesta edição totalizaram o valor de R$ 230 bilhões e envolveram centenas de empresas e agentes para sua concretização. As apresentações dos finalistas foram transmitidas ao vivo pelo site do Instituto. As apresentações dos finalistas foram transmitidas ao vivo pelo site do Instituto. O prêmio é patrocinado por Deloitte e Rimini Street.

Confira um breve resumo sobre as operações que concorrem ao Prêmio:

Categoria Debt – Operações de dívida

Azul S.A. – Detentora da maior malha aérea com múltiplos hubs no Brasil, a Azul Linhas Aéreas concorre ao título de melhor operação financeira de Debt com um empréstimo unsecured de US$ 200 milhões realizado em 2018 junto à OPIC, instituição financeira governamental dos Estados Unidos que fomenta o investimento em mercados emergentes com capital privado norte-americano. O financiamento para a manutenção de motores GE na frota Embraer (E1) da Azul levou 17 meses para ser estruturado e foi o primeiro concedido na história da OPIC para uma empresa aérea e o primeiro para esse tipo de CAPEX, destaca Joelmir Baumgratz, da área de Tesouraria da Azul. “Conseguimos financiar a manutenção de motores, com o maior ticket disponível para empresas e sem garantias”. Ele acrescenta que a operação fez o País voltar ao radar de investimentos do banco.

Suzano – A empresa líder mundial em celulose está na disputa com um empréstimo sindicalizado de US$ 9,2 bilhões com 12 bancos que suportou o deal de M&A entre Suzano e Fibria em 2018.  Segundo Giam Carllo Freitas, representante da Suzano, foi o maior acquisition financing na América Latina em mais de uma década. A sindicalização foi garantida em um primeiro momento por quatro bancos estrangeiros, BNP Paribas, JPMorgan, Mizuho e Rabobank e depois registrou demanda excedente por outras instituições. A operação foi lançada em março de 2018, sendo concluída em menos de 30 dias. A estrutura foi criada em duas tranches para reduzir riscos. “Como resultado, saímos do processo de M&A com uma companhia extremamente saudável, com um perfil de amortização longo e sem concentração no curto prazo, criando um marco para o mercado brasileiro e sem riscos para os investidores.”

Petrobras – Vencedora do Prêmio Golden Tombstone em 2018, a petrolífera retorna à disputa neste ano com uma operação de Revolving Credit Facility (RCF) que contou com a participação de 17 bancos, volume de US$ 4,35 bilhões e prazo de cinco anos. “Foi a primeira RCF da Petrobras com essa magnitude, prazo e complexidade. Ela foi pensada para ser emblemática e enviar mensagens ao mercado. Primeiro, prover liquidez para a companhia e mostrar sua capacidade de acesso a recursos em caso de necessidade. E marcar o momento em que ela passa a ser mais eficiente em gestão de fluxo de caixa e de liquidez dos recursos”, destacou Daniel Ennes, gerente da área de financiamentos bancários e estruturados da Petrobras. A operação foi realizada em dois estágios, com subscrição dos primeiros bancos em janeiro e conclusão em março de 2018. “Foi a maior RCF sindicalizada do Brasil e da América Latina naquele momento”.

 

Categoria M&A – Operações de fusões e aquisições

Advent International – O fundo global de private equity apresentou a operação de compra de 80% de participação do Walmart Brasil, terceiro maior varejista do País, com faturamento de R$ 25 bilhões, realizada em agosto de 2018. Rafael Patury, diretor da Advent, explica que o investimento levou quatro anos para ser concretizado. A começar com um mapeamento do setor de varejo de alimentos, em 2014, seguido pela elaboração proativa de um plano de criação de valor outside-in para o Walmart Brasil, um profundo trabalho de diligência na companhia – que envolveu 250 pessoas e visitas a 80% das 429 lojas -, negociações com diversos stakeholders e criação de processos robustos de governança. “Definir uma governança que funcionasse e conseguisse alinhar as duas culturas foi essencial. Aliamos o profundo conhecimento sobre o Brasil da Advent com o profundo conhecimento de varejo do Walmart no mundo e a aplicação de sourcing global. Conseguimos capturar essas sinergias”.

Suzano – A operação de fusão entre Suzano e Fibria, concluída em janeiro de 2019, criou o maior player de celulose mundial, com 37 mil colaboradores, US$ 18 bilhões de valor de exportações (2017) e US$ 6,4 bilhões em investimentos. A estrutura da operação envolveu a incorporação de ações, compromisso de voto, reorganização societária e unificação da base de ativos e acionistas. Uma das principais motivações foram as sinergias de investimentos, estimadas em R$ 8 bilhões a 10 bi por bancos a valor presente líquido, ressaltou Rafael Mastrocola, gerente de M&A da Suzano. A transação foi realizada em cash e ações (20%), com a troca de 1 para 1 entre Fibria e Suzano, representando R$ 30 bilhões. “Todos os acionistas foram tratados de forma igualitária, desde o início das discussões”. A geração de valor para o acionista, levando em consideração os custos com o deal e a transação, é estimada de 40% a 20%.

 

Categoria Equity – Operações de ações

PagSeguro – A oferta pública inicial de ações da PagSeguro Digital com listagem direta na Bolsa de Nova York (NYSE) levantou US$ 2,6 bilhões, em janeiro de 2018. “Foi na época o maior IPO de uma empresa de tecnologia da América Latina e a quarta maior oferta de uma tech do mundo”, afirmou Rodrigo Maldonado, responsável pela cobertura de tecnologia do Morgan Stanley na América Latina. O processo envolveu 12 meses de preparação e um roadshow de 10 dias com 104 grandes investidores de tecnologia nos Estados Unidos e na Europa. “Explicamos o novo ecossistema de pagamentos do mercado brasileiro para o investidor internacional e conseguimos colocar a companhia em um posicionamento de high growth payments, diferenciando-a dos players tradicionais de adquirência. Isso nos permitiu ter múltiplos maiores e precificar acima do topo da faixa. Esse deal criou benchmark para outras fintechs brasileiras que abriram capital no exterior”.

Stone – A operação de IPO da Stone na bolsa norte-americana Nasdaq, que levantou US$ 1,4 bilhão, em outubro de 2018, também é finalista. Segundo Marcelo Miller, responsável pela área de oferta de ações do Citibank, foi o segundo maior IPO de uma fintech naquele ano. A tese de investimentos da empresa adquirente independente conjugou seu forte histórico de crescimento, tendo ampliado em 3,5 vezes a base de clientes no período de três anos e 2,5 vezes o volume transacionado, com lucratividade e rentabilidade, intenso ritmo de inovação e alto potencial de desenvolvimento do mercado brasileiro. O roadshow foi realizado em 7 dias úteis (6 nos EUA e 1 na Inglaterra) e envolveu contatos com 280 investidores institucionais. A operação registrou 20 vezes o número de demanda em relação à quantidade de ações ofertadas e já contava com mais de 50% do livro coberto no primeiro dia do lançamento, ressaltou Miller, com relação preço/lucro projetado acima de 25 vezes.

Almoço de Premiação

Os vencedores do título de “melhor operação financeira” em cada categoria do Prêmio Golden Tombstone serão laureados no almoço de premiação a ser realizado no dia 28 de maio, no Hilton Morumbi. Inscreva-se aqui para participar desta cerimônia!

“Como fornecedores de serviços de tecnologia, acompanhamos várias operações de fusões e aquisições. Temos consciência do importante papel dos executivos de finanças quando essas empresas se veem em situações de fazer mais com menos, inovar e quebrar paradigmas. Queremos estar cada vez mais próximos desses profissionais”, destaca Edenize Maron, representante da Rimini Street, uma das empresas patrocinadoras do prêmio.

 

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