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Cientista da IBM destaca a revolução da computação cognitiva

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Fotógrafo: Guto Marques

Computadores serão capazes de aprender e ensinar

Imagine um mundo em que os computadores ajudarão os humanos a fazer o diagnóstico e o tratamento de doenças complexas, como o câncer. As máquinas também poderão auxiliar executivos a conduzirem seus negócios e sugerir programas de aprendizado para crianças, baseados no histórico individual de cada uma.

Surpreendente é que tudo isso, em boa parte, já é realidade. Guruduth Banavar, vice-presidente de Computação Cognitiva no IBM Research, mostrou esse universo na palestra “A era da computação cognitiva”, realizada na tarde do último sábado (30/08), no CFO Forum.

O Big Data é apenas o ponto de partida de uma grande revolução tecnológica que está em curso, destacou Banavar. Existem computadores com capacidade de aprender – e eles também poderão ensinar os humanos.

Esses sistemas conseguem desenvolver soluções em escala utilizando o Big Data como ferramenta. Ou seja, eles conseguem identificar padrões em uma quantidade gigantesca de dados desestruturados.

Sistemas cognitivos

A ponte para essa revolução são os sistemas cognitivos. Estes sistemas conseguem aprender e interagir com seres humanos, na linguagem utilizada naturalmente pelas pessoas.

 

 

 

“Os sistemas cognitivos podem nos ajudar a atravessar a complexidade do Big Data e solucionar problemas que nem humanos e nem computadores poderiam resolver por conta própria”

 

 

A multinacional de tecnologia tem investido por quase três décadas no desenvolvimento dessas “learning machines”, concentrando grande parte de suas patentes e prêmios conquistados no meio científico nesta área.

Capacidade humana aumentada

Todos os tipos de indústrias e profissões poderão se beneficiar com o uso de sistemas cognitivos, afirmou Banavar. O cientista – assim como um executivo – precisa tomar decisões complexas. No entanto, é impossível para a capacidade humana ler e analisar todos os documentos, textos e artigos (dados desestruturados) que foram e continuam a ser publicados, a todo segundo, sobre um determinado assunto.

 

 

 

“Eu não tenho acesso a todo o Big Data. Mas o que eu poderia fazer se tivesse um sistema que pudesse olhar todas as opções disponíveis e me ajudar a tomar a decisão final? Essa capacidade seria aumentada.”

 

 

O que é o Watson?

A tecnologia de ponta desenvolvida pela IBM chama-se Watson, uma família de sistemas cognitivos capazes de entender uma pergunta feita por um humano, de forma natural, e responder a questão de forma minunciosa.

Além de oferecer a resposta – resultado de um complexo processo de análise de Big Data, criação e racionalização de múltiplas hipóteses – Watson oferece ainda as evidências que embasaram sua resposta; a lógica que o fez chegar até aquela solução.

O Watson já está sendo aplicado em diversos setores, nos Estados Unidos (como os exemplos mencionados no início da matéria) e chegará em breve ao Brasil, garante a IBM.

Novas capacidades para os sistemas cognitivos já estão sendo desenvolvidas pela companhia. Entre elas, a capacidade de debater, levantando argumentos prós e contras para uma dada afirmação.

Outra é a capacidade de analisar imagens para chegar a conclusões. Por exemplo, o computador vai identificar anomalias ao ver um exame de raio-x, identificar a doença e oferecer o diagnóstico e possíveis tratamentos, após analisar os registros médicos disponíveis e checar o histórico do paciente.

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