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Eduardo de Toledo, CFO da Klabin, Frederico de Brito e Abreu, CFO da Kroton, e Marcelo Bacci, CFO da Suzano, são os indicados neste ano à premiação mais representativa para CFOs no Brasil. A edição 2017 do Prêmio Equilibrista/CFO do Ano é patrocinada por Bradesco Corporate e Deloitte.
Eles apresentaram suas trajetórias profissionais em almoço de confraternização realizado nesta quarta-feira (22), no restaurante Cantaloup, com participação dos membros do Corpo Diretivo do IBEF SP e executivos homenageados em edições anteriores do Prêmio.
Luis Felipe Schiriak, presidente do Conselho de Administração do Instituto, foi responsável por dar as boas-vindas. “O IBEF SP tem a capacidade de gerar candidatos excepcionais para o Prêmio, ano após ano. Isso demonstra a qualidade dos nossos associados e é um dos fatores da perenidade do Instituto.”
Visão de negócio – “Pensei que nunca concorreria, pois não fiz uma carreira estritamente financeira, mas também ligada a negócios. Tornei-me CFO na Klabin. É muito emocionante estar concorrendo ao Prêmio Equilibrista”, afirmou Eduardo de Toledo.
Dentre os destaques de sua carreira, iniciada em 1987, no Grupo Ultra, está a participação no IPO da organização e a aquisição da Ipiranga. Ao longo de sua trajetória no Grupo Ultra, foi responsável pela controladoria corporativa e tesouraria da organização, foi diretor de administração e controle da Oxiteno, diretor superintendente da Ultracargo e diretor estatutário da Ultrapar.
No Grupo MSP, ocupou diversas posições, dentre as quais conselheiro de administração das empresas Biopalma e Sertrading. Hoje diretor financeiro da Klabin, também exerce as funções de conselheiro de administração e membro do comitê de auditoria das empresas Odontoprev e da Omega Geração.
Transformação profunda – “Sou motivado por desafios. Toda a minha vida fui impulsionado pelo que me tira da zona de conforto e gera aquele frio na barriga. Como executivo, encontrei na área financeira o que me realiza”, afirmou Frederico Brito e Abreu, CFO da Kroton Educacional. Abreu também é conselheiro independente da Netshoes.
Português, morando há 10 anos no Brasil, o executivo tem entre seus destaques de carreira a transformação realizada na Kroton. Entrou na companhia em 2009, quando era uma empresa de porte médio, com pouco mais de 40 mil alunos e margem negativa no Ensino Superior, mas com uma longa e respeitada história, um grupo de acionistas de referência muito comprometido e um enorme potencial pela frente. Desde então, coordenou todos os processos de fusões e aquisições da companhia, que somam R$ 15 bilhões. Contribuiu de forma significativa para o processo de turnaround financeiro, reestruturação de time, fortalecimento da governança e criação de processos. Hoje a Kroton é uma empresa listada no Novo Mercado, que possui 40% de margem líquida, caixa reforçado e plano de crescimento orgânico agressivo. “Tem sido uma experiência fantástica, que vai muito além da área financeira.”
O executivo comentou a reinvenção da companhia após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ter reprovado a operação de fusão com a Estácio, em junho deste ano. A operação anunciada em 2016, recebeu o Prêmio Golden Tombstone. “2017 foi o ano mais difícil da minha vida como executivo. Foi uma decisão que fugiu do nosso controle, mas nos fez como empresa mostrar para o mercado nossa capacidade de resiliência e de adaptação. Revisamos nosso planejamento estratégico para os próximos 5 anos, e, desde então, o nosso acionista incorporou esta nova realidade, e a título de exemplo, a nossa ação valorizou mais de 35%”.
Operações inovadoras – “É muito bom estar mais uma vez entre os indicados ao Prêmio, ao lado de profissionais de grande calibre. Agradeço a todos por essa oportunidade”, afirmou Marcelo Bacci, CFO e diretor de RI da Suzano Papel e Celulose.
O executivo, que iniciou sua vida profissional como empreendedor, fez carreira no setor bancário e migrou para finanças corporativas na Promon, onde tornou-se diretor financeiro aos 30 anos de idade. Foi CFO para América Latina do Grupo Louis Dreyfus e presidente da CPMais Serviços de meio ambiente.
Bacci trabalha na Suzano Papel e Celulose desde 2014. Atuou na reestruturação financeira da companhia, melhorando a qualidade de seu perfil de endividamento. Trabalhou na emissão do primeiro bond de 30 anos do Brasil e do mundo para esse setor, e a primeira operação brasileira de CRA verde, realizada no final de 2016. Recentemente, a empresa começou a atuar também na área de bens de consumo. “O grande fato de 2017 para a Suzano foi a migração para o Novo Mercado, no início de novembro. Foi a coroação de um grande trabalho da nossa equipe”, destacou Bacci, que coordenou a iniciativa. Desde então, as ações da empresa já valorizaram 30%.
Durante o almoço, executivos laureados em edições passadas do Prêmio cumprimentaram os candidatos e compartilharam suas experiências e emoções ao receberem o troféu, criado pelo artista Osni Branco.
A cerimônia de premiação do Prêmio Equilibrista/CFO do Ano 2017, acontecerá no dia 6 de dezembro, na Casa Charlô.
Mensagem dos patrocinadores
“É uma honra para o Bradesco patrocinar e apoiar o Prêmio Equilibrista há várias décadas. Cumprimentamos os indicados, são três executivos de empresas com as mantemos relacionamento. É uma honra para o Bradesco ser parceiro deste evento”, destacou Roberto França, representante do Bradesco Corporate. A empresa patrocina o prêmio desde 1985.
Ronaldo Fragoso, executivo da Deloitte, também destacou a satisfação da companhia por patrocinar o Prêmio. “Nossa atividade é muito próxima do CFO. É uma honra fazer parte do IBEF SP e agradecemos pela parceria. Teremos eventos específicos para CFOs ainda neste ano, com o intuito de discutir as mudanças e tendências no cenário de negócios; convidamos todos a participarem!”, concluiu.
(Reportagem: Débora Soares / Fotos: Mario Palhares)