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As 7 características do líder do futuro

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Diego Barreto, CFO da Ingresso Rápido, realizou um bate-papo sobre mercado anticurrículo para os membros do IBEF Jovem, em 9 de outubro.

A transformação digital está mudando o cenário de negócios, observou Barreto, e também está alterando o conceito de “bom currículo”.

A nova força de trabalho que chega ao mercado já cresceu conectada à tecnologia e possui alto potencial de mobilidade e aprendizado em um mundo globalizado. Assim, itens como faculdade de primeira linha, inglês fluente, e intercâmbio incrível deixaram de ser os grandes valores de um currículo – ainda que tenham sua importância.

O grande fator impulsionador para a carreira de um jovem é o comportamento, destacou Barreto, que assumiu seu primeiro cargo de direção financeira aos 28 anos de idade, em uma empresa multinacional. O diferencial para se tornar líder tão cedo, observou, não foi só o conhecimento técnico acumulado (considerado requisito básico), mas principalmente o comportamento.

Diego Barreto, CFO da Ingresso Rápido

O executivo destacou quatro características comportamentais que devem ser cultivadas pelos profissionais que desejam se tornar líderes na nova economia. Veja quais são:

1) Humildade – Em uma sociedade que valoriza a diversidade, o espaço é reduzido para posturas arrogantes e preconceitos. “As decisões são cada vez mais coletivas, e ninguém vai querer dividir a decisão com uma pessoa arrogante. Sem humildade, zero chance de liderar na nova economia”, destacou Barreto.

Ser humilde não é ser “bonzinho” ou evitar enfrentamentos, alertou Diego. Humildade é a capacidade de o indivíduo se definir pelo o que ele é – nem além, nem aquém.

2) Adaptabilidade – Os ciclos de inovação são cada vez mais curtos. Novos players, com soluções disruptivas, podem surgir a qualquer momento e ameaçar mercados estabelecidos. Assim, a capacidade de se adaptar às mudanças é essencial ao líder desse novo contexto.

“É preciso estar disposto a reavaliar estratégias em um curto espaço de tempo e até mesmo voltar atrás em decisões já tomadas, se necessário. Caso contrário, o gestor corre o risco de ficar acorrentado às decisões do passado e a empresa sofrerá as consequências”, disse Barreto.

3) Visão de futuro – Em um mundo com tantas opções disponíveis, os jovens tendem a ficar menos ligados a uma empresa, e mais a um projeto com que se identifiquem e encontrem significado.

“Um líder visionário cria interesses comuns entre as pessoas, faz com que elas comunguem de uma mesma visão de futuro. Ele dá o senso de propósito ao trabalho que executam”, explicou Barreto, ao citar Steve Jobs e Elon Musk como exemplo de visionários.

4) Engajamento – A habilidade de engajar pessoas é outro ponto essencial, observou Barreto. De nada adianta ser visionário se você não souber como motivar quem está ao seu lado.

“Se você não tiver um discurso ligado à sua visão de futuro, que na prática se traslade em ações motivadoras para as pessoas trabalharem duro todos os dias para entregar aquele resultado, elas não permanecerão com você”, ressaltou o CFO.

Participantes do evento

Três outras características, ligadas à execução, completam o perfil do líder desse novo contexto, conhecido como líder ágil, capaz de se adaptar a todos os cenários para tomar decisões acertadas.

São elas: hyperawareness (nível elevado de sensibilidade e autoconhecimento); fast execution (execução ágil e dentro de uma metodologia bastante lógica); e informed decision making (decisão baseada em informação, com entendimento claro sobre origem, causa e resultado final).

“Essas são competências mandatórias para se tornar líder nesse novo contexto. Se você não se preparar para ser esse tipo de gestor, quando tiver a oportunidade de liderar em uma empresa correrá o risco de fazer isso seguindo padrões do passado”, ressaltou Barreto. “E ao fazer isso, poderá ter sérios problemas para evoluir sua carreira em empresas ligadas à nova economia e, em especial, montar uma equipe de primeira linha.”

Barreto também fez uma provocação final aos jovens: “Fazemos parte de uma geração que aprendeu a discutir por meio das redes sociais, e hoje tem uma voz. Agora temos que dar o próximo passo. Precisamos ter interesse e engajamento na vida política do País, para ajudar a construir um futuro melhor.”

(Reportagem: Débora Soares / Fotos: Raisa Soares e Débora Soares)

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