Entrevista com José Cláudio Securato, presidente do IBEF SP. O presidente da Saint Paul Escola de Negócios foi reconduzido à liderança da Diretoria Executiva para mais um mandato. Agora o desafio é a gestão 2015-2017. Neste bate-papo, ele revela qual foi a marca da gestão passada e conta algumas inovações que os associados poderão conferir a partir deste ano.

IBEF SP: Qual é o perfil atual do quadro de associados do Instituto?

JOSÉ CLÁUDIO SECURATO: Hoje o IBEF SP possui 900 associados, sendo 300 diretores financeiros e executivos C-level. Somente na Diretoria Vogal, por exemplo, contamos com 70 CFOs. A permanência desses associados em nossos quadros mostra que as atividades do Instituto estão cada vez mais consistentes com os seus dois pilares: relacionamento e conhecimento. E quanto maior a representatividade, melhor é o relacionamento e o conhecimento que circulam dentro do Instituto.

IBEF SP: Se pudesse definir uma marca deixada pela gestão 2013-2015, qual seria?

JCS: A marca da gestão é do Corpo Diretivo como um todo, incluindo os Conselhos, que foram muito contributivos. E a grande marca que deixamos, em 2013 e 2014, é a representatividade do Instituto; isto é algo que vem sendo trabalhado há muito tempo e foi continuado. Com isso, conseguimos aumentar o número de associados, bem como a representatividade desses associados.

IBEF SP: Qual a sua expectativa para a gestão 2015-2017?

JCS: A ideia da recondução é de continuidade do trabalho, por um lado, e de inovação, por outro. Pensar em novas conquistas, novos patamares para o IBEF. Temos alguns objetivos que são continuidade de projetos que existiam, como o IBEF Global, IBEF Mulher, IBEF Jovem… Outro exemplo é a Campanha Membership, promovida pela vice-presidência de Admissão e Frequência. É um trabalho excepcional para atrair novos associados e vai continuar.

IBEF SP: E o que vai mudar?

JCS: Para 2015 e 2016, vamos fazer uma reestruturação na Comissão Técnica, agora sob a liderança de Luciana Medeiros. A Comissão Técnica chegou muito longe, o trabalho feito nos últimos quatro anos pelo André Souza (ex-vice-presidente Técnico) foi sensacional. A Comissão Técnica é o maior agregador de associados do Instituto, além do Socioesportivo. Ela cresceu muito nos últimos anos e agora vamos parar um pouco para repensá-la, em função do sucesso. Queremos que as pessoas ainda se surpreendam com o Instituto. Então, devemos ter uma evolução, comissões novas, tratar novos temas e pensar em tópicos maiores. Daí vem uma grande conversa de um projeto a ser apresentado.

IBEF SP: O que você poderia adiantar sobre esse projeto?

JCS: A ideia é fazer uma imersão muito focada nas áreas de finanças. Devemos nos concentrar em temas de controladoria, tesouraria, gestão de riscos, fiscal, relações com investidores, centros de serviços compartilhados… Enfim, temas centrais que precisam ser fortalecidos. Queremos ter uma agenda mais propositiva sobre esses assuntos. Então, é uma evolução; vamos continuar fazendo, mas de maneira melhor.

IBEF SP: Quais outras inovações podem surgir?

JCS: O IBEF está olhando – e isso ainda não é algo que possa ser declarado formalmente-, mas o Instituto está olhando para uma certificação para executivos de finanças. Isso já existe em outras instituições, então podemos caminhar neste sentido. Está sendo formado um grupo de trabalho para apresentar alternativas para a Diretoria e, posteriormente, para o Conselho.

IBEF SP:  Outra novidade é que os membros da Diretoria Executiva começarão a trabalhar em comitês, a partir deste ano. O que motivou esta iniciativa e qual será o papel, na prática, desses comitês?

JCS: A ideia é que todos os membros da Diretoria trabalhem em diversas frentes e da forma mais descentralizada possível. Além das pastas de trabalho específicas e dos grupos de trabalho em que participam, os 16 membros serão divididos em quatro comitês. A ideia é dar macrotemas para cada grupo, por exemplo: Governança, Orçamento, Inovação e Conteúdo. Cada comitê terá um ou dois objetivos estratégicos para perseguir nos dois anos de gestão. O que queremos é que as pessoas trabalhem em conjunto e tragam ideias. A gestão é de todos; todos estão aqui para agregar e trabalhar de forma colaborativa. Então, isso dará mais voz para o associado em relação ao que estamos fazendo e discutindo.

IBEF SP: Se um associado se identificar com algum desses comitês e quiser fazer alguma sugestão, qual seria o melhor canal  para fazê-lo?

JCS: O melhor canal de comunicação é a própria equipe do Instituto. É preciso canalizar isso para alguma das pessoas do staff porque elas participam de todas as atividades do IBEF SP. Então, se você tiver uma sugestão para o Socioesportivo, por exemplo, algum campeonato novo, você pode enviar um e-mail para qualquer pessoa do nosso staff. Ela encaminhará isso ao grupo de trabalho responsável pelo Socioesportivo e você será ouvido.

Além disso, nós queremos aumentar a conversa junto ao associado; ter mais canais de contato, colher mais feedbacks dele. Uma coisa que devemos aprimorar – já iniciada por algumas comissões – é ter a resposta efetiva do associado por evento e por atividade. Com isso, os associados poderão expressar suas opiniões de forma organizada e, dessa forma, essa demanda chegará às comissões responsáveis para que possa ser trabalhada efetivamente.