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Aumento da taxa Selic provoca reações

Data: 16/01/14 | Veículo:Web Diversos | Editoria: incorporativa.com.br

Acompanhe as opiniões sobre o aumento da taxa básica de juros

Nota Oficial sobre a Taxa Selic  – Força Sindical

Mais do mesmo

O Copom (Comitê de Política Monetária) ratifica o aperto monetário elevando, pela 7ª vez consecutiva, a taxa básica de juros. Com isto, o Brasil ostenta a maior taxa de juros do mundo. Mais uma vez o governo se curva aos interesses dos especuladores. As consequências da elevação da taxa são mais do que notórias: redução do consumo, da produção e do emprego. A medida evidencia a falta de prioridade do governo com relação ao crescimento econômico e, sobretudo, com relação ao desenvolvimento econômico.

A Força Sindical reforça sua posição: a política monetária precisa ser subordinada ao projeto de desenvolvimento do País, e não o contrário. Os resultados da indústria em 2013 foram decepcionantes, a produção industrial andou de lado, e nem ao menos recuperou a queda de 2012 (-2,7%). Essa mesma indústria, que tem um papel de dinamismo na economia, apresentou em 2013 o maior déficit comercial da história. Por outro lado, os trabalhadores já sentem os impactos dessa estagnação com a perda de empregos. A elevação da Taxa Selic agrava ainda mais o cenário, já pessimista, para 2014.

Para a Força Sindical, o governo é errático e reedita medidas paliativas que, no longo prazo, acabam por demonstrar a ausência de um projeto consistente e robusto de crescimento sustentado da economia. O governo deve ser corajoso e buscar alternativas de médio e longo prazos, fugindo das armadilhas do curtíssimo prazo. Combater a inflação é importante, sim. Mas, o governo persiste nos mesmos erros, tratando o crescimento econômico e a geração de empregos unicamente como retórica. (Miguel Torres –  Presidente da Força Sindical)

Aumento da taxa de juros é um “remédio amargo”, afirma professor da Trevisan

Alta amplia os gastos do governo com remuneração dos títulos públicos

Nesta quarta-feira (15) o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou mais uma alta na Selic, de 0,5%, fixando-a em 10,5%. Para o economista e professor da Trevisan Escola de Negócios, Cláudio Gonçalves, este é um “remédio amargo” para conter a inflação este ano.

“Se por um lado desestimula o consumo e ajuda a combater a escalada da inflação, por outro o governo paga mais pela remuneração dos títulos públicos baseados na Selic. Em ano eleitoral, porém, o Planalto não adotará outras medidas, como a redução dos gastos públicos, arriscando perder apoio nas urnas”, avalia.

Para o professor, o aumento dos combustíveis e a Copa do Mundo irão influenciar a taxa de inflação este ano.

Aumento da taxa Selic: nota do IBEF SP

Leia a nota do Vice-Presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo, Keyler Carvalho Rocha

“A inflação ainda não está contida e essa é a principal justificativa para manter o percentual de acréscimo da taxa básica de juros, conforme resultado confirmado há pouco pelo Copom, que elevou a Selic em 0,50pp, fixando em 10,50% aa, nesta primeira reunião de 2014. A expectativa de aumento já era prevista pela comunidade financeira e, agora, será preciso aguardar o comportamento do mercado para avaliar a necessidade de uma nova alta dos juros ou a sua manutenção. Particularmente, acreditamos que haverá mais um acréscimo de 0,25pp”.

FecomercioSP: Copom acerta em manter a trajetória de alta da Selic

Aumento de 0,50 p.p., necessário para conter a inflação, acrescenta R$ 10 bilhões à dívida pública por ano e demanda mais esforço fiscal do governo

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) avalia como positiva a decisão do Conselho de Política Monetária do Banco Central (Copom) de elevar a taxa básica de juros, Selic, em 0,50 ponto percentual (p.p.).

“Apesar da queda da confiança dos consumidores e dos empresários nos últimos meses, da redução do ritmo econômico e do consumo, e a despeito do aumento de custos da dívida pública, que vai exigir um superávit primário ainda maior e provavelmente inalcançável neste ano, o Banco Central agiu com cautela e acertadamente elevou a taxa Selic para 10,50% ao ano”, analisa Fábio Pina, assessor econômico da FecomercioSP.

A inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encerrou 2013 em 5,91%, taxa que vem se mantendo ao longo dos últimos anos – sem indícios de convergência para o centro da meta (4,5% a.a). De acordo com estimativas da Federação, para que o país tenha uma inflação no centro da meta é preciso que o IPCA mensal esteja entre 0,35% e 0,40%, menos da metade do que foi verificado em dezembro (0,92%).

Dívida Pública

Levantamento da FecomercioSP aponta que uma alta de 0,50 p.p. na Selic eleva os gastos com juros da dívida pública em R$ 10 bilhões por ano. Como o superávit primário (economia do governo para abater os juros da dívida pública) no ano passado foi insuficiente para conter a expansão da dívida total, em 2014 haverá a necessidade de um esforço fiscal adicional de R$ 25 bilhões (além dos R$ 75 bilhões esperados para 2013, segundo estimativas do Ministério da Fazenda).

A última vez em que a Selic esteve acima de 10% a.a. foi em janeiro de 2012, quando o consumo crescia de forma mais acelerada do que a atual. Ainda assim, a trajetória da taxa básica de juros era de queda, e não de alta.

“A deterioração da política fiscal nos últimos anos está obrigando o Banco Central a usar doses mais altas do remédio desta vez, ainda que o paciente esteja mais debilitado. Certamente foi uma decisão dura e difícil às autoridades monetárias, mas a melhor diante das opções”, afirma Pina.

 

COPOM: FIRJAN insiste em redução de gastos públicos para frear inflação

“Nos últimos três anos, a economia brasileira conviveu com um quadro de baixo crescimento e inflação acima da meta estabelecida. Para 2014, as expectativas indicam um resultado ainda menor para o PIB e uma inflação mais elevada. Esse cenário não deixa dúvidas a respeito da necessidade de alterações na política econômica em curso. Definitivamente, a solução não passa por mais juros e menos superávit primário. Por isso, o Sistema FIRJAN insiste na importância da adoção de uma política fiscal norteada pela redução dos gastos correntes e que efetivamente reduza a pressão exercida pelo consumo do governo sobre a inflação.

Caso contrário, dificilmente o País poderá conviver com a tão almejada combinação de crescimento econômico e inflação controlada.” (Diretoria da FIRJAN)

Fonte: http://www.incorporativa.com.br/mostranews.php?id=11088

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