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Carreira em finanças: Perspectivas e caminhos para alcançar o cargo desejado

CARREIRA

Por Felipe Brunieri, gerente das divisões de Finanças e Tributário da Talenses.

 

Neste artigo, compilamos as principais dicas do Workshop “Carreira em Finanças”, realizado pelo IBEF Jovem em parceria com a Talenses.

Com as empresas buscando maior controle de custos, a área de finanças foi uma das mais demandadas no ano passado e a procura por este tipo de profissional continua em alta este ano. O cenário econômico brasileiro projetou o executivo financeiro para um patamar ainda mais importante dentro das organizações, muitas vezes com a missão de reerguer a empresa e recuperar sua saúde financeira.

Participantes do Workshop ¨Carreira em Finanças¨, realizado pelo IBEF Jovem em parceria com a Talenses

Para quem busca uma recolocação, há oportunidades no mercado. É importante estar atento a aspectos como os setores que mais contratam, o momento mais favorável para enviar currículos e a remuneração média conforme o cargo. Confira alguns dados relevantes sobre o tema, extraídos de pesquisa realizada pela Talenses recentemente.

Para aproveitar a boa fase, o profissional que busca se recolocar na área deve estar atento aos setores de varejo, luxo e bens de consumo, que apresentaram maior número de vagas nos últimos três anos, respondendo por 31% das contratações, de acordo com pesquisa da Talenses. Em segundo lugar, aparece o setor de prestação de serviços com 23%. Já os setores que menos contrataram foram hospitalidade, mídia e entretenimento (1%), siderurgia e mineração (5%) e infraestrutura e construção (próximo a 0%).

Outro aspecto a ser levado em consideração é o momento do ano em que as empresas mais recrutam e isso acontece geralmente no segundo e terceiro trimestres do ano. Essas épocas coincidem com o período pós ciclos de fechamento e auditoria anuais e tendem a ser as mais aquecidas para a busca de um emprego.

Conforme a pesquisa, a remuneração média fixa (desconsiderando a variável) por cargo em Finanças (abrangendo empresas de todos os portes e segmentos) costuma ser a seguinte:  Analista (R$ 6.383), Especialista (R$ 9.556), Coordenador (R$ 10.240), Gerente (R$ 16.815) e Gerente Sênior (R$ 26.125), mas dentro das subdivisões de finanças, os executivos de Novos Negócios são os que lideram o ranking de melhor remuneração média, seguidos pelas áreas de Impostos, Planejamento Tributário, Tesouraria e Planejamento Estratégico.

Observa-se, porém, que nas áreas de Novos Negócios e Planejamento Financeiro e Controle, os executivos avançam mais rapidamente para cargos gerenciais. Em contrapartida, essas áreas aparentemente exigem mais habilidades comportamentais, como a criação de alianças, a visão de negócio, a boa comunicação e assertividade. Portanto, o executivo deve desenvolver também suas características pessoais e não focar somente na parte técnica.

O que conta no momento da entrevista

Dos vários pontos que influenciam o bom desempenho do candidato durante a entrevista, dois deles se destacam: a boa apresentação, ao transmitir disciplina, credibilidade e confiança, e a estabilidade na carreira. As empresas buscam profissionais que demonstram uma evolução constante, participaram de projetos e deixaram algum legado por onde passaram. Candidatos que mudam de emprego a cada ano dificilmente terão feito a diferença nos cargos pelos quais passaram.

Demonstrar interesse pela empresa e pela entrevista também conta pontos. Profissionais que se mostram proativos e realizam follow up na empresa, sem ser invasivos, certamente são lembrados de forma positiva.

Existe um horizonte promissor para as carreiras ligadas a finanças e o profissional não deve escolher seu próximo passo apenas baseado em remuneração. Desafios e desenvolvimento são fatores competitivos para a trajetória da carreira e podem fazer a diferença futuramente.

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